A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), confirmou que as amostras de água potável coletadas em Guarujá e Praia Grande não contêm norovírus. A análise foi realizada após o aumento de casos de virose na Baixada Santista entre dezembro de 2024 e o início de janeiro de 2025.
Apesar da ausência do vírus na água, a SES detectou sua presença em amostras humanas de fezes coletadas na região. O resultado reforça a hipótese de que os casos de gastroenterocolite aguda na Baixada Santista estão relacionados à transmissão fecal-oral, característica do norovírus, e não à contaminação da água potável.
As noroviroses, que causam sintomas como diarreia, vômitos, febre e dor abdominal, são doenças autolimitadas, geralmente resolvidas em cerca de três dias. No entanto, o desconforto causado pelos sintomas e o risco de desidratação, especialmente em crianças e idosos, preocupa as autoridades de saúde.
Análise
Para enfrentar o aumento dos casos de virose na Baixada Santista, a secretaria promoveu reuniões técnicas com secretários municipais de saúde e representantes das vigilâncias epidemiológicas das nove cidades da região.
Nesses encontros, foram definidas estratégias para o controle da situação, incluindo a intensificação da coleta de amostras e o reforço das notificações de casos suspeitos.
Entretanto, o grupo técnico enfatizou a necessidade de seguir protocolos rigorosos para a coleta de amostras de fezes e água, assegurando a precisão das análises e o monitoramento efetivo da doença.
A secretaria também reforçou a relevância de ações preventivas junto à população, como a realização de campanhas educativas sobre práticas de higiene pessoal. Além disso, o manejo seguro de alimentos é fundamental para evitar novos casos de contaminação.
Cuidados e orientações para prevenir viroses
O tratamento principal para viroses, como as causadas pelo norovírus, é a hidratação. Em casos mais graves, pode ser necessária a hidratação endovenosa, embora a hospitalização seja uma medida rara.
A secretaria orienta que pacientes com sinais de desidratação procurem imediatamente atendimento médico. Crianças e idosos merecem atenção especial, pois são mais vulneráveis a complicações decorrentes da doença.
Os principais sintomas que indicam a necessidade de avaliação médica incluem vômitos persistentes, dificuldade em ingerir líquidos, pele seca e redução na frequência urinária.
A secretaria também alerta para os riscos da automedicação, reforçando que medicamentos só devem ser usados com prescrição médica. Por fim, medidas preventivas, como lavar as mãos frequentemente e higienizar corretamente os alimentos, são fundamentais.