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O que é o Acordo de Paris e por que Trump tirou os EUA?

o Acordo de Paris visa limitar o aquecimento global abaixo de 2°C, com o ideal de mantê-lo em 1,5°C

Foto: Reprodução

Trump Retira EUA do Acordo de Paris: O Impacto no Combate às Mudanças Climáticas

No primeiro dia de seu segundo mandato, em janeiro de 2025, o presidente Donald Trump assinou uma ordem para retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, uma decisão que reacendeu o debate global sobre os esforços para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A saída do tratado, que envolve quase 200 países trabalhando juntos para limitar o aquecimento global, marca mais um capítulo na relação conturbada dos EUA com o acordo.

O Que é o Acordo de Paris?

Adotado em 2015 durante uma cúpula da ONU, o Acordo de Paris visa limitar o aquecimento global abaixo de 2°C, com o ideal de mantê-lo em 1,5°C. O consenso global foi resultado de intensas negociações, onde cientistas destacaram que a meta de 1,5°C seria essencial para evitar os impactos mais devastadores das mudanças climáticas.

Entretanto, o acordo não é legalmente vinculativo, permitindo que os países definam suas próprias metas e estratégias para reduzir emissões. Essa flexibilidade é um dos pontos de crítica, pois não assegura que as nações realmente cumpram seus compromissos.

Os Estados Unidos e o Acordo de Paris

Foto: Reprodução

Os EUA desempenharam um papel central na negociação e adoção do Acordo de Paris em 2015, sob a liderança do então presidente Barack Obama. No entanto, em 2017, Donald Trump anunciou que retiraria o país do acordo, decisão efetivada em 2020.

Quando Joe Biden assumiu a presidência, em 2021, os EUA voltaram ao acordo, com o governo apresentando uma meta ambiciosa de reduzir as emissões de carbono em até 66% abaixo dos níveis de 2005 até 2035. Apesar disso, a reentrada dos EUA foi temporária.

Com o retorno de Trump à presidência em 2025, a retirada do Acordo de Paris foi novamente formalizada, sob o argumento de que priorizar a produção de combustíveis fósseis seria mais benéfico para a economia americana.

Impactos Globais e o Caminho Adiante

A saída dos EUA do acordo gera incertezas em um momento crítico. O planeta ultrapassou, em 2024, o limite de 1,5°C de aquecimento global, reforçando a urgência de ações coordenadas. Especialistas alertam que a retirada de um dos maiores emissores de carbono do mundo pode dificultar os esforços internacionais para conter o avanço das mudanças climáticas.

Ainda assim, o Secretário Executivo de Mudanças Climáticas da ONU, Simon Stiell, destacou que “a porta permanece aberta para o Acordo de Paris”. Ele também ressaltou a crescente transição global para energias limpas, que movimentaram US$ 2 trilhões no último ano, e alertou que países que ignorarem essa tendência podem enfrentar graves consequências econômicas e ambientais.

O Futuro da Participação dos EUA

Embora teoricamente seja possível que os Estados Unidos voltem ao Acordo de Paris, especialistas apontam que a decisão de Trump pode complicar futuras reentradas. Relatórios sugerem que o governo considera sair também de tratados mais amplos relacionados às mudanças climáticas, o que enfraqueceria ainda mais as negociações internacionais.

Enquanto isso, os desafios impostos pelas mudanças climáticas, como desastres naturais mais intensos e custos crescentes para as economias globais, continuam a se intensificar. A retirada dos EUA destaca a complexidade política e econômica de enfrentar um problema que exige cooperação global e compromissos de longo prazo.

Em um cenário de incertezas, a questão que permanece é: até que ponto as ações de governos individuais podem comprometer o futuro climático do planeta?

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