Colecionador de Mongaguá guarda mais de 100 mil selos e raridades históricas: ‘Memória que sobrevive ao tempo’

Cidade do Litoral de SP tem um dos maiores colecionadores de selos do Brasil
VTV News - 2025-03-05T132754.795

Para alguns, selos podem ser apenas pedaços de papel esquecidos em cartas antigas. Entretanto, para Marcos Júlio Sergl, servidor público de Mongaguá, na Baixada Santista, são portais para a história e reflexos da própria trajetória familiar. Com um acervo de mais de 100 mil exemplares, preserva um dos maiores acervos do Brasil.

“Tenho selos do Brasil, Áustria e Alemanha. Do nosso país, são praticamente todos os 7 mil já emitidos”, revela o professor. Licenciado em música, mestre e doutor em artes e pós-doutor em comunicação, Sergl combina sua formação acadêmica com a paixão pela história contada por meio da filatelia.

Dentre suas joias mais valiosas estão os brasileiros ‘Olho de Boi’ (1843) e ‘Inclinado’ (1844), considerados raríssimos. A coleção, no entanto, também abriga um selo alemão da era nazista, com a assinatura de Adolf Hitler.

“Cada selo é uma janela para o passado, um pedaço de memória que sobrevive ao tempo”, reflete Sergl.

Selos contam histórias

O interesse por selos foi herdado de sua família. Ele é a quarta geração de colecionadores e lembra com carinho das tardes com o avô, limpando e organizando as peças. “Meu avô sempre reservava os finais de semana para cuidar dos selos. Eu ficava ao lado, aprendendo e me apaixonando pela história por trás de cada um deles”.

Sergl é ativo na comunidade filatélica – formada por colecionadores assíduos -, participando de eventos promovidos pela Associação Philatélica Paulista, em São Paulo. Para ele, esses encontros reforçam o papel cultural do colecionismo.

“Selos são muito mais do que pedaços de papel. Eles contam histórias, trazem conhecimento e conectam gerações”, afirma.


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Mongaguá tem um dos maiores colecionadores de selos do Brasil – Foto/reprodução: Prefeitura de Mongaguá

Dia do Filatelista: entenda o que é ‘filatelia’

Filatelia é o estudo de selos postais e materiais relacionados a eles. A palavra vem do grego philos (amor) e atéleia (isento de imposto). Antes da criação dos selos, quem recebia a carta pagava pela entrega, mas a invenção revolucionou o sistema postal, tornando o processo mais prático e acessível.

De acordo com os Correios, o primeiro selo, lançado em 1840, despertou o interesse de estudiosos e colecionadores. Essa área reúne história, economia e pesquisa, já que entender o valor social e financeiro dos selos exige conhecimento.

Alguns exemplares raros podem valer milhões e, portanto, atraem especialistas de várias partes do mundo. Colecionadores organizam suas peças com base em temas como animais, eventos históricos ou países. No Dia do Filatelista, comemorado nesta quarta-feira (5), o colecionador destaca a importância do hobby.

“A filatelia é uma forma de escapar do ritmo acelerado do mundo e entrar em um universo de descobertas. É um prazer que une lazer e aprendizado, algo que enriquece a alma”, conclui.

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