Os servidores municipais de Limeira entraram em greve nesta quarta-feira (26). O primeiro dia, segundo o Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira) reuniu entre 800 e 1.000 trabalhadores em frente ao Paço Municipal, demonstrando a insatisfação generalizada da categoria com a falta de diálogo da administração municipal.
”Os servidores não podem continuar sendo ignorados. Nossa pauta é urgente e a administração já teve tempo suficiente para discutir nossas reivindicações”, afirmou a presidente do Sindsel, Nicinha Lopes.
Na manhã desta quinta-feira (27), os servidores estão novamente reunidos em frente ao Paço Municipal a espera de uma negociação. A paralisação ocorre em parceria com o Sindicato dos Guardas Civis de Limeira e Região (Sinde-guarda) e Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
A categoria exige reajuste salarial de 12,87%, vale-alimentação de R$ 1 mil para todos os servidores e cumprimento do piso do magistério. Ao todo, são 73 itens de reivindicação.
Veja qual foi a proposta já oferecida pela prefeitura:
- Concessão de reajuste salarial de 5,06%;
- Garantia do vale previsto em 2024 em acordo coletivo, no valor de R$ 200;
- 3,44% de reajuste retroativo a janeiro, aos servidores do magistério, e 1,62% a partir de março, totalizando 5,06%.
A proposta foi rejeitada pela categoria. De acordo com o sindicato, não houve avanço nas negociações com a prefeitura nesta quarta e a manutenção da greve foi aprovada por todos os presentes durante o ato do primeiro dia.
Segundo a Prefeitura de Limeira, unidades e serviços de educação, saúde, assistência social e esportes foram afetados pela greve.
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Tribunal determina manutenção de 70% dos serviços públicos durante greve em Limeira
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a pedido da Secretaria de Assuntos Jurídicos, reconsiderou a decisão tomada nesta terça-feira (25) e, na tarde desta quarta-feira (26), determinou que os sindicatos que representam os servidores públicos de Limeira assegurem o funcionamento de 70% dos serviços essenciais à população.
A decisão do desembargador Campos Mello atendeu a um pedido do município, que solicitava a garantia de serviços importantes, como saúde, educação, transporte e segurança. Em caso de descumprimento, o magistrado estipulou multa diária de R$ 5 mil.
Após recusarem a proposta de reajuste salarial de 5,06%, os servidores públicos do município paralisaram parte das atividades, afetando serviços de saúde, centros comunitários e até o fornecimento de merenda nas escolas.

Em nota, a Prefeitura lamentou que a paralisação possa comprometer os esforços em andamento para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população e lembrou que a atual gestão assumiu há menos de três meses em um cenário de crise financeira.
A Administração Municipal reafirmou sua disposição para dialogar dentro dos limites orçamentários e da responsabilidade fiscal, incluindo a busca pelo equilíbrio das contas públicas e, assim, promover maior valorização dos servidores até o fim do mandato, conforme promessa do prefeito Murilo Félix.