Rafaela Costa, Marcelly Peretto e Mário Vitorino, acusados de matar o comerciante Igor Peretto, participaram da terceira audiência de instrução do caso. A sessão ocorreu nesta segunda-feira (16), no Fórum de Praia Grande, na Baixada Santista. O trio é acusado de executar homicídio qualificado.
Igor Peretto, de 27 anos, foi morto a facadas em 31 de agosto de 2024, no apartamento de sua irmã, em Praia Grande. O Ministério Público (MP-SP) apontou que Rafaela (viúva), Marcelly (irmã) e Mário (cunhado) planejaram o crime, considerando Igor um “empecilho” em um possível triângulo amoroso.
Conforme noticiado pela VTV, emissora afiliada do SBT, a primeira audiência do caso aconteceu em 20 de março, quando as partes começaram a apresentar provas e depoimentos. Já a segunda audiência ocorreu em 7 de maio, e, devido à quantidade de testemunhas, uma nova sessão foi marcada para este 16 de junho.
Após os depoimentos e interrogatórios dos réus, o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular ou se o caso será arquivado por falta de provas suficientes. O processo inclui 13 testemunhas, sendo três da acusação.
Igor Peretto foi morto a facadas em Praia Grande; relembre
O crime aconteceu em 31 de agosto de 2024, no apartamento de Marcelly. Ela estava com Mário, enquanto Rafaela atraiu Igor até lá, e saiu do imóvel pouco antes do marido ser atacado. Igor foi morto a facadas e, segundo o laudo necroscópico, teria ficado tetraplégico caso sobrevivesse.
O laudo pericial detalha que a vítima sofreu 12 facadas, sendo sete no peitoral, e que o cenário do crime indicava luta intensa, com marcas de sangue espalhadas pelo apartamento e no corredor do prédio. A faca usada, de 36 cm, foi encontrada no banheiro social, com sinais de uso violento.
Além disso, danos na porta do guarda-roupa e batentes sugerem confronto, enquanto as manchas de sangue indicam que o suspeito também pode ter se ferido, o que pode auxiliar as investigações com exames de DNA.
Crime premeditado
De acordo com a denúncia, a morte de Igor beneficiaria financeiramente os acusados. Mário assumiria o comando da loja de motos que tinha em sociedade com Igor, enquanto Rafaela receberia a herança. Marcelly, que tinha envolvimento com ambos, também teria ganhos financeiros.
O MP-SP descreveu o crime como premeditado e motivado por razões torpes. Segundo a denúncia, Mário desferiu as facadas, enquanto Rafaela e Marcelly ajudaram a atrair a vítima e incentivaram o crime, dificultando a defesa de Igor, que estava desarmado.
Rafaela e Marcelly se entregaram à polícia em 6 de setembro, e Mario foi preso pouco tempo depois, no dia 15, escondido na casa de um parente em Torrinha, interior de São Paulo. Inicialmente detidos temporariamente, os três tiveram suas prisões convertidas para preventivas em outubro, após a denúncia formal do MP.