Bragança Paulista iniciou os primeiros passos para consolidar a “Rota do Café” como novo produto turístico ligado à tradição cafeeira da cidade. Em visita técnica a propriedades históricas, representantes das secretarias municipais e produtores locais percorreram fazendas com potencial para integrar o roteiro oficial de turismo rural.
A ação, organizada pelas secretarias de Desenvolvimento dos Agronegócios, Meio Ambiente e Cultura e Turismo, teve como foco a valorização do patrimônio material e imaterial da cafeicultura bragantina. A Fazenda Bocaina, sede da Associação dos Cafeicultores e construída em 1885, foi o ponto de partida do roteiro. O local abriga não apenas plantações de café, mas também uma capela recém-revitalizada, que passou a integrar o circuito cultural da propriedade.
Patrimônio, produção e experiência rural
Além da Bocaina, o grupo visitou o Cafezal do Joannes, produtor de café premiado nacionalmente, e a Fazenda Santa Cristina, fundada no fim do século XIX e reconhecida como uma das mais relevantes na história cafeeira regional. As duas propriedades aliam produção de alta qualidade com estrutura preservada e potencial de hospedagem.
“O contato com os produtores e com a história viva da cafeicultura mostra como o agronegócio bragantino está conectado com as raízes do nosso país”, afirmou Leonardo Godoi Paes, secretário de Desenvolvimento dos Agronegócios.
Marcelo Carvalho, proprietário da Fazenda Santa Cristina, destacou o objetivo comum entre produtores e poder público. “Queremos resgatar o valor e as riquezas históricas da tradição cafeeira de Bragança”, afirmou.
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Integração entre turismo, cultura e meio ambiente
A proposta da administração é estruturar um roteiro que conecte experiências sensoriais, imersão na história e práticas sustentáveis. Para o secretário de Meio Ambiente, João Ricardo G. Caetano, a valorização da vocação rural também contribui para a proteção do território. “Bragança tem enorme potencial turístico, e iniciativas como essa também ajudam a proteger o meio ambiente e estimular a economia local”, comentou.
Segundo a secretária de Cultura e Turismo, Mariléa Smith, a formatação da “Rota do Café” vai além do resgate histórico. “O objetivo é transformar esse conhecimento em produto turístico, com experiências autênticas, envolvimento das comunidades e fortalecimento da identidade local”, afirmou.