A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) divulgou nesta terça-feira (7) um balanço atualizado com os números de casos confirmados e em investigação de intoxicação por metanol. Na lista, consta o município de Indaiatuba, no interior de São Paulo, com dois casos em investigação.
Em todo o estado, segundo a pasta, são 176 casos no total, sendo 158 em investigação e 18 confirmados. Foram registrados 10 óbitos, sendo três confirmados e sete em investigação. Em relação aos casos descartados, o total é de 85.
Em nota, a Prefeitura de Indaiatuba informou que ambos os casos foram atendidos em hospitais da cidade, seguindo as orientações do protocolo do Estado, e que os pacientes já foram liberados.
Balanço sobre os casos de intoxicação por metanol
| Município | Confirmados | Descartados | Em investigação |
| ARAÇATUBA | 1 | ||
| BARRINHA | 1 | ||
| BURITAMA | 1 | ||
| CAJURU | 2 | ||
| CARAGUATATUBA | 1 | ||
| CARAPICUÍBA | 1 | ||
| COTIA | 1 | ||
| CUBATÃO | 1 | ||
| DIADEMA | 11 | ||
| EMBU | 1 | ||
| EMBU DAS ARTES | 1 | ||
| FERRAZ DE VASCONCELOS | 1 | ||
| GUARULHOS | 1 | 1 | |
| INDAIATUBA | 2 | ||
| ITAPECERICA DA SERRA | 1 | ||
| ITAQUAQUECETUBA | 6 | ||
| ITU | 1 | ||
| JACAREI | 1 | ||
| JUNDIAI | 3 | ||
| LIMEIRA | 1 | ||
| LORENA | 1 | ||
| MAIRINQUE | 1 | ||
| MAIRIPORA | 1 | ||
| MAUÁ | 5 | ||
| MORRO AGUDO | 1 | ||
| MONGAGUA | 1 | ||
| OSASCO | 12 | ||
| OURINHOS | 2 | ||
| PIRACICABA | 1 | ||
| PRAIA GRANDE | 2 | ||
| PRESIDENTE PRUDENTE | 1 | ||
| RIBEIRÃO PRETO | 1 | ||
| RINÇÃO | 1 | ||
| RIO CLARO | 1 | ||
| SANTO ANDRÉ | 1 | 8 | |
| SANTOS | 1 | ||
| SÃO BERNARDO DO CAMPO | 1 | 11 | 40 |
| SÃO JOSE DOS CAMPOS | 6 | ||
| SÃO PAULO | 15 | 71 | 31 |
| SÃO VICENTE | 2 | ||
| TABOÃO DA SERRA | 1 | ||
| VARGEM GRANDE PAULISTA | 1 | ||
| VINHEDO | 1 | ||
| Total Geral | 18 | 85 | 158 |
Como identificar os sintomas
Como as primeiras horas são decisivas para salvar vidas, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo tem adotado um protocolo padrão para pacientes que procuram as unidades de saúde após consumo de bebidas destiladas e que apresentam um quadro clínico incomum. Entre os sintomas estão:
- Sonolência
- Tontura
- Dor abdominal
- Náuseas
- Vômitos
- Confusão mental
- Taquicardia
- Visão turva
- Fotofobia
- Convulsões
- Acidose metabólica
O protocolo determina que a equipe de saúde trate inicialmente a intoxicação por metanol como hipótese diagnóstica principal.
Por isso, pacientes que apresentam os sintomas e são tratados conforme o protocolo passam a ser considerados “casos suspeitos”, até que o resultado do exame laboratorial seja concluído.
A intoxicação por metanol é grave, podendo causar cegueira permanente e até morte. O metanol pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas, além de produtos como combustíveis, solventes e líquidos de limpeza.
As unidades de saúde do estado estão preparadas para lidar com a situação. A Secretaria da Saúde recomenda evitar o consumo de bebidas destiladas de procedência desconhecida. Caso o paciente apresente um quadro incomum após ingerir bebida alcoólica, deve procurar atendimento médico imediatamente, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica.
Os sintomas de alerta são: dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O socorro em até 6 horas após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento do quadro. álcool etílico absoluto à rede pública de saúde, garantindo resposta imediata e padronizada às emergências.
Atendimento e testagem
Para garantir o atendimento imediato a todos os casos suspeitos — ou seja, pessoas que ingeriram bebidas destiladas e apresentam sintomas relacionados —, o Estado distribuiu 2.500 ampolas de álcool etílico absoluto à rede pública de saúde, garantindo resposta imediata e padronizada às emergências.
A rede estadual também reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo prevê que amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF), do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão-ouro para detecção de metanol.
A coleta é feita nas unidades de saúde, e o Instituto Adolfo Lutz coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo também disponibilizou mais 2 mil ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento dos pacientes com intoxicação por metanol. Além desse reforço, já havia 500 unidades em estoque nos serviços de referência do Estado, assegurando uma reserva adequada para atendimento da demanda.