Campinas recebe nesta sexta-feira (16), a palestra “Adulto Informado, Criança Protegida”, conduzida por Margarida Ferraz, missionária e educadora portuguesa. O evento é gratuito e será às 19h no auditório do Seminário Presbiteriano do Sul, na Avenida Brasil, 1220. A iniciativa busca orientar pais, educadores e profissionais da rede de proteção sobre o enfrentamento ao abuso sexual infantil.

Ferraz é vice-presidente da Associação para a Promoção da Prevenção do Abuso Sexual (SFPPP) e educadora especializada em sexualidade, emoções e prevenção. Sobrevivente de abusos sofridos desde a infância, ela transformou sua experiência pessoal em uma missão de prevenção e acolhimento. “Prevenir hoje é salvar vidas amanhã. Quando uma criança conhece seus direitos e seu corpo, ela ganha ferramentas para se proteger”, afirmou.
A palestra integra a campanha Maio Laranja, dedicada à conscientização sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Desde janeiro, Margarida realizou mais de 210 palestras, impactando mais de 13 mil pessoas no Brasil e em Portugal.
O evento é promovido por instituições como o Ministério Mulheres em Ação, o Colégio Jaime Kratz, Capelania Mackenzie, Presbitérios Campinas e Metropolitano Campinas da Igreja Presbiteriana do Brasil, Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas.
A mobilização reforça a importância da informação como forma de proteção. “A culpa nunca é da vítima. Nossa responsabilidade é garantir que nenhuma criança cresça acreditando que não tem valor”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Campanha Maio Laranja
Dia 18 de maio é o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil. O Maio laranja é uma inciativa que visa dar visibilidade a este assunto.
A cada hora 3 crianças são abusadas no Brasil. Cerca de 51% tem entre 1 a 5 anos de idade.
Todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no nosso país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos dados cheguem a ser denunciados às autoridades, ou seja, estes números na verdade são muito maiores.