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Motoristas paralisam transporte em Campinas e Emdec aciona operação emergencial

Movimento começou às 4h e afetou todas as concessionárias do transporte coletivo municipal; paralisação foi encerrada por volta das 6h.
Motoristas paralisam transporte em Campinas e Emdec aciona operação emergencial

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) colocou em prática, nas primeiras horas desta quinta-feira (23), a Operação PAESE, após a paralisação de motoristas do transporte coletivo. O movimento, motivado por atrasos salariais, teve início por volta de 4h e se estendeu até 6h, atingindo as concessionárias VB1, VB3, Campibus e Onicamp. A expectativa é de que o sistema seja normalizado até 8h30.

Durante o período de interrupção, a Emdec direcionou veículos do transporte alternativo, operados por cooperativas, para atender os eixos Amoreiras, Ouro Verde e Campo Belo. Também ampliou o horário das linhas do serviço “Corujão”, que circulam durante a madrugada.

Agentes da Mobilidade Urbana acompanharam a movimentação nas garagens desde a madrugada e monitoraram a demanda de passageiros nos principais terminais urbanos, todos afetados. O atendimento parcial foi mantido nos terminais Itajaí, Campo Grande e Satélite Íris.

Impasses e justificativas

Em nota, a Emdec afirmou que acompanha os desdobramentos junto às empresas e lamentou os prejuízos à população, ressaltando que o transporte público é um serviço essencial. A autarquia informou ainda que prepara um pedido de liminar judicial para garantir a continuidade da operação com frota total ou mínima, prevendo multa em caso de descumprimento.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp) declarou que a paralisação foi indevida e “traz prejuízos à população”. Segundo o órgão patronal, as concessionárias enfrentam dificuldades financeiras causadas pela evasão de receita do BRT e pela concorrência de aplicativos e mototáxis clandestinos. As empresas afirmam que o vale seria creditado até amanhã, dentro do prazo estipulado, e que parte da frota saiu normalmente às 5h45.

Já o Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região justificou o movimento afirmando que há três meses de atrasos no pagamento de salários e benefícios.

“A situação se tornou insustentável, e a categoria não pode suportar mais essa realidade”, afirmou em nota. O sindicato informou que protocolou ofício junto à Emdec, à Secretaria de Transportes e às empresas envolvidas, pedindo medidas conjuntas para evitar novos atrasos.

Os motoristas pediram desculpas à população e reforçaram que o objetivo é “regularizar os pagamentos e restabelecer condições dignas de trabalho”.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista formado em junho de 2025, atuando desde 2023 com foco em reportagens de profundidade, gestão de projetos, fotografia e pesquisa. Autor de obra sobre temas sociais e políticos, com análise crítica da democracia e da sociedade.

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