Quadrilha de roubo de cargas que ostentava vida de luxo é alvo de megaoperação da PF

Grupo atuava em vários estados e movimentou R$ 70 milhões com roubos, desmanche e receptação de caminhões
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A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo deflagraram na manhã desta segunda-feira (24) a operação Hammare, para desarticular uma organização criminosa especializada em roubos de cargas e caminhõesdesmanche, receptação e lavagem de dinheiro. A quadrilha, atuante em São Paulo, operava em diversos Estados do país e ostentava vida de luxo.

Ao todo, 110 policiais federais e 100 policiais da Polícia Militar Rodoviária cumprem 17 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e valores da organização, totalizando R$ 70 milhões.

Imagem: Divulgação/ Polícia Federal

Quadrilha tinha veículos de luxo a camarotes VIP em eventos

A investigação teve início em julho de 2023, após um roubo de carga na cidade de Cajamar (SP). Durante as diligências, os investigadores identificaram que a quadrilha era dividida em três núcleos especializados: roubodesmanche e receptação.

Com a estruturação do esquema criminoso, os líderes da quadrilha passaram a ostentar alto padrão de vida, adquirindo carros de luxo, lanchasmotos aquáticas e imóveis, além de frequentarem camarotes VIPs em shows e eventos.

O grupo utilizava empresas de peças e manutenção de veículos para comercializar caminhões, peças e motores roubados. Em alguns casos, os criminosos encomendavam roubos específicosdetalhando o tipo e modelo dos veículos desejados.


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Imagem: Divulgação/ Polícia Federal

Diante da complexidade crescente para rastrear os integrantes dos núcleos de desmanche e receptação, as autoridades decidiram iniciar a desarticulação pelo braço responsável pelos roubos. A investigação já identificou pelo menos 50 crimes cometidos entre 2021 e 2024.

Os principais responsáveis pelos roubos e dois receptadores já haviam sido presos nas operações Aboiz (2023) e Cacaria (2024), realizadas para conter a escalada de violência da quadrilha. A análise de dados telemáticos, financeiros e bancários dessas operações ajudou na identificação dos demais integrantes do grupo, incluindo seus líderes e financiadores, resultando na operação deflagrada nesta segunda.

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