Adolescente confessa que matou os pais e o irmão de apenas quarto anos, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, no último sábado (21). A motivação, segundo a Polícia Civil, seria o fato de os pais não aceitarem o namoro virtual que ele mantinha com uma adolescente do estado do Mato Grosso. O relacionamento teria começado por meio de um jogo online.
Durante o depoimento à polícia, o jovem demonstrou frieza e chegou a afirmar que “faria tudo de novo”. Ainda de acordo com os investigadores, ele esperou que os familiares dormissem, pegou uma arma escondida sob a cama do pai — que tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) — e efetuou os disparos. Depois, ele utilizou produtos químicos para tentar apagar os vestígios e arrastou os corpos até uma cisterna nos fundos da residência da família, no distrito de Comendador Venâncio.
Continua após a publicidade
Adolescente confessa que matou família após esconder corpos em cisterna
O caso começou a ser desvendado após o próprio jovem, acompanhado da avó, comparecer à 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna na terça-feira (24) para relatar o desaparecimento dos pais e do irmão. No entanto, os relatos imprecisos despertaram a desconfiança de parentes, especialmente de um tio, que acabou ouvindo a confissão de que os crimes haviam sido cometidos pelo próprio jovem. A polícia então iniciou diligências e foi até a casa da família nesta quarta-feira (25), quando um forte cheiro vindo da cisterna levou à descoberta dos corpos, com apoio do Corpo de Bombeiros.
Nos dias seguintes ao crime, o jovem chegou a mentir para familiares, afirmando que os pais haviam levado o irmão ao hospital porque o menino teria engolido um caco de vidro. A história foi desmentida após consulta aos hospitais da região, que não encontraram qualquer registro com os nomes das supostas vítimas.
Após confessar o triplo homicídio, o jovem foi apreendido em flagrante e conduzido novamente à delegacia, onde foi autuado por ato infracional análogo a homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele permanece à disposição da Justiça e o caso será encaminhado ao Ministério Público.
As investigações prosseguem para esclarecer todos os detalhes da motivação do crime e apurar se há envolvimento da adolescente com quem o jovem se relacionava virtualmente. A arma utilizada no crime também foi apreendida. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e familiares.
