Nesta segunda-feira (7), celebramos o Dia do Chocolate, um dos doces e alimentos mais amados do mundo e que está em alta no Brasil.
A data para celebrar o Dia do Chocolate é o dia 7 de julho, que marca a chegada da iguaria na Europa do século 15. Antes disso, o chocolate, que na Europa ficou conhecido como ‘ouro negro’, era mais restrito aos astecas e maias.
Aqui no Brasil, o cacau só começou a ser cultivado no ano de 1746, mas hoje somos um dos maiores produtores e consumidores do mundo.
Segundo dados da Kantar WorldPanel, divulgados pela Mondelez, a presença do chocolate nos lares brasileiros passou de 85,5% em 2020 para 92,9% em 2024. Isso significa que, a cada dez casas, cerca de nove possuem alguma variação do doce no armário — barras, bombons, wafers, entre outros.
Além disso, a frequência de consumo de doce também cresceu, de 56% para 65%. Cada pessoa ingere, em média, 3,9 kg por ano, o maior volume dos últimos cinco anos, segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas).
No entanto, ainda existem alguns mitos a respeito do chocolate. Por este motivo, a nutricionista Letícia Bravo, do Living Saúde, esclarece 10 mitos e verdades sobre esse doce tão amado.

10 mitos e verdades sobre o chocolate:
Chocolate causa espinhas – mito
Provavelmente esse é o mito mais antigo que nos contaram, mas vários estudos apontam que o doce não tem nada a ver com o aumento de espinhas. O que acontece é que algumas pessoas possuem uma predisposição para acne e o quadro piora ao ingerir alimentos gordurosos ou ricos em açúcar.
Chocolate vicia – mito
Embora o chocolate ao leite contenha uma combinação de açúcar e gordura que ativa o sistema de recompensa do cérebro, levando ao desejo aumentado por esse tipo de alimento, não se trata de um vício químico como o causado por substâncias psicoativas. Trata-se, na verdade, de um comportamento alimentar com forte componente emocional.
Amargo é mais saudável do que ao leite – verdade
Por conter maior concentração de cacau, o chocolate amargo apresenta níveis mais altos de compostos bioativos, como os flavonoides, que têm ação antioxidante e anti-inflamatória. Esses componentes estão associados a benefícios cardiovasculares e ao controle da pressão arterial.
Chocolate branco não é chocolate de verdade – verdade
A versão branca é composta basicamente por manteiga de cacau, açúcar e leite, sem a presença da massa de cacau — onde se concentram os antioxidantes e os principais benefícios nutricionais. Por isso, nutricionalmente, é considerada inferior às demais versões com massa de cacau.
Comer o doce todos os dias faz mal – depende
O consumo diário de pequenas porções, como 20 gramas por dia, não apresenta riscos à saúde da maioria das pessoas. Os malefícios estão, principalmente, no consumo em excesso.
Melhora o humor por conta da serotonina – mito
Apesar de conter precursores da serotonina, como o triptofano, e outros compostos que estimulam a liberação de endorfina e dopamina, o chocolate não eleva de maneira significativa os níveis de serotonina. A sensação de prazer está mais ligada ao estímulo sensorial e emocional proporcionado durante o consumo.
Diabéticos não podem comer chocolate – mito
Pessoas com diabetes podem, sim, consumir chocolate, desde que com moderação. O ideal é optar por versões com maior teor de cacau e menor quantidade de açúcar, como os chocolates diet. Além disso, a porção e o momento do dia também devem ser controlados para evitar impactos no controle glicêmico.
A versão diet é mais saudável – mito
Apesar de não ter açúcar, o chocolate diet geralmente apresenta maior quantidade de gordura para manter sabor e textura, o que pode resultar em um produto mais calórico do que sua versão tradicional.
Chocolate ajuda na saúde do coração – verdade
Os flavonoides presentes no cacau contribuem para a saúde cardiovascular, por melhorarem a função endotelial, reduzirem a pressão arterial e oferecerem efeito antioxidante.
Crianças não podem comer chocolate de jeito nenhum – mito
Embora a alimentação infantil deva priorizar alimentos naturais e pouco processados, o consumo moderado e ocasional de chocolate não representa problema para a maioria das crianças. O importante é que o doce não se torne frequente nem substitua alimentos mais nutritivos.