Após 90 dias internada em estado grave, Carolini Costa Rolim, de 20 anos, morreu nesta terça-feira (15) devido a complicações de saúde relacionadas a um surto de gastroenterocolite no litoral paulista. Moradora de Taquarituba, ela havia viajado ao Guarujá, na Baixada Santista, para celebrar o Réveillon com a família.
Conforme noticiado pelo VTV News, a jovem apresentou sintomas graves durante a viagem, necessitando de atendimento médico de emergência. Carolini sofreu uma parada cardíaca e foi entubada no Hospital Guarujá, uma unidade particular, antes de ser transferida para outras unidades de saúde.
Ela estava hospedada em um apartamento alugado com os pais, irmã, sobrinho, cunhado e outros parentes de Santa Bárbara D’Oeste. Toda a família apresentou sintomas da virose, mas Carolini foi a mais afetada. Por já tratar diabetes tipo 1, sua condição de saúde era mais vulnerável, o que contribuiu para a gravidade do quadro.
Morre turista internada na UTI após apresentar sintomas de virose
Posteriormente, Carolini foi transferida para a Santa Casa de Avaré, no interior de São Paulo, onde permaneceu 90 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela recebeu alta na semana passada e seguia em recuperação na enfermaria.
Até a manhã desta quarta (16), a causa da morte e o diagnóstico não haviam sido divulgados. De acordo com familiares, o velório ocorre em Taquarituba, com sepultamento previsto para às 16h30, no Cemitério Central.
Nas redes sociais, amigos e parentes têm compartilhado mensagens de pesar pelo falecimento. A Instrumentos Musicais Rolim, empresa onde o pai da jovem é sócio, publicou uma nota oficial lamentando a perda.
Nos comentários da publicação, internautas prestam solidariedade e enviam palavras de conforto. “Que tristeza perder nossos jovens tão cedo. Difícil demais. Que Deus ajude a todos”, escreveu um usuário.
Virose? Relembre surto de gastroenterocolite aguda no litoral de SP
Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, um surto de virose afetou cidades como Guarujá, Santos, Praia Grande e São Sebastião, causando aumento de casos de diarreia, vômitos e febre. A superlotação dos serviços de saúde e o desabastecimento de medicamentos agravaram a situação.
À reportagem, o infectologista Dr. Ricardo Bonifácio, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que se tratava da proliferação de gastroenterocolite aguda, relacionada a uma infecção no trato digestivo, com origem viral. Os casos cresceram no verão, devido às altas temperaturas e contato próximo entre pessoas nas praias.
Na época, a Prefeitura de Guarujá apontou um possível despejo irregular de esgoto na praia da Enseada como causa, o que foi negado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A companhia garantiu que análises do Instituto Adolfo Lutz confirmaram a qualidade da água fornecida.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES), no entanto, reforçou orientações preventivas, ampliou a distribuição de hipoclorito de sódio e intensificou campanhas informativas sobre doenças diarreicas. A pasta também implantou protocolos para coleta de amostras e análise de casos. A Cetesb e a SES afirmaram estar à disposição do Ministério Público (MP).