O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve assinar até o dia 31 de dezembro o decreto de aumento do salário minímo.
O atual valor do salário minímo que é de R$ 1.412 deverá subir para R$ 1.518 em 2025. Somando um aumento de R$ 106 reais no bolso dos trabalhadores que equivale a 7,5%.
O aumento do salário para o próximo ano estará a cima do nível de inflação, contendo um aumento real de valores.
Novas regras para o aumento salarial 2025
A antiga fórmula para o cálculo do aumento salarial era baseado na reposição da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB).
Com a mudança, a conta passa a ser feita considerando a inflação do INPC durante 12 meses até o mês de novembro (4,84%) e o crescimento do PIB que seria de 3,2%, mas para limitar o crescimento do teto de despesas, o PIB terá seu valor fixado em 2,5%. Subindo assim o salário para R$ 1.517 com arredondamento para R$ 1.518.
Com a antiga regra, o valor de aumento deveria chegar a R$ 1.528 sem o valor fixado de 2,5% do PIB. Causando uma perda de R$ 10 mensais em relação as estimativas do Governo Federal.
Diminuição de gastos com o novo salário minímo
O salário minímo e seu aumento são referência no país para correção do pagamento de aposentados e de beneficiados pela previdência, principalmente vindas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Segundo cálculos do Governo, a cada R$ 1 de aumento no salário minímo, uma despesa de R$ 392 milhões seria criada. O que vai ser evitado graças a fixação no valor do PIB.
A partir do novo cálculo, o aumento salarial para os próximos anos deve diminuir, visando restringir o teto de gastos.
Os pensionistas, aposentados e beneficiários de programas de seguro social deverão deixar de receber até 2030 R$ 110 bilhões. O valor estimado para a economia do dinheiro público é de R$ 327,1 bilhões.