O brasileiro Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi expulso da Bolívia no domingo (18) e entregue à Polícia Federal na cidade de Corumbá (MS). Tuta é considerado como substituto do Marcola no Primeiro Comando da Capital (PCC). Condenado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ele constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.
A operação envolveu cerca de 50 agentes da PF, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT), e contou com articulação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério de Relações Exteriores e de forças policiais bolivianas.

Detenção após tentativa de fraude migratória
Tuta foi identificado na sexta-feira (16) ao comparecer a uma unidade policial em Santa Cruz de la Sierra, onde tentou se apresentar com um documento falso em nome de Maicon da Silva. As informações do documento já constavam no banco internacional de dados da Interpol.
O agente boliviano que o atendeu consultou um oficial da PF brasileira lotado na Bolívia, que alertou a central da Interpol em Brasília. Após o cruzamento dos dados biométricos, a identidade real foi confirmada, e Marcos foi detido pela Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC).

Transferência para presídio de segurança máxima
Após ser entregue às autoridades brasileiras, Marcos Roberto foi transferido em aeronave da Polícia Federal até o Distrito Federal. A escolta até a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA) envolveu 18 homens da Polícia Penal Federal e apoio das polícias Militar e Civil do DF.
O presídio integra o Sistema Penitenciário Federal (SPF), responsável por custodiar lideranças de alta periculosidade e desarticular comandos externos de organizações criminosas. Tuta cumprirá pena de 12 anos em regime fechado.
