A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta quinta-feira (9) a primeira edição do Alerta Arboviroses em 2025, que mostra 14 bairros com elevado risco de transmissão da dengue. O boletim foi produzido em formato para orientar a população sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e reforçar a comunicação sobre as áreas que passam a receber ações intensificadas para eliminar criadouros.
As áreas com alto risco de transmissão são:
- Leste: Jardim Boa Esperança e Jardim Guanabara;
- Noroeste: Vila Padre Manoel da Nóbrega, Jardim Paulicéia e Jardim Florence;
- Norte: Parque Santa Bárbara;
- Sudoeste: DIC I, Vila União e Jardim Yeda;
- Sul: Parque Figueira, Jardim Nova Europa e Vila Campos Sales;
- Suleste: Vila Industrial e São Bernardo.
“Os trabalhos para eliminar criadouros do Aedes aegypti e orientar a população ocorrem diariamente de segunda a sexta, e muitas vezes aos sábados, uma vez que o risco de transmissão ocorre em todas as regiões de Campinas. A reformulação do boletim foi importante para ampliar a comunicação com os moradores a fim de permitir acesso dos agentes aos imóveis”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Wanice Port.
Relatório parcial indica que 52% dos espaços deixaram de ser trabalhados por estarem fechados, desocupados ou até mesmo em virtude de recusa dos moradores aos agentes no ano passado. Em 2022 e 2023 os percentuais foram, respectivamente, de 48% e 49%.
As visitas são feitas, principalmente, por funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa silkado, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza, e têm crachá de identificação. Já voluntários de mutirões usam colete na cor laranja com a identificação e a frase “Campinas contra o mosquito”.
Dúvidas sobre a identidade dos participantes podem ser esclarecidas pelo telefone 156 (de segunda a sexta) ou com a Defesa Civil pelo telefone 199 (fins de semana e feriados).
O que já foi feito?
Entre 1º de janeiro e 16 de dezembro de 2024 foram realizadas as seguintes ações:
- Controle de criadouros: 1.682.839 visitas a imóveis;
- Nebulização: cobertura de 263.345 imóveis;
- Mutirões: 21;
- Mais de 250 escolas trabalharam o tema, com 63 mil crianças e famílias impactadas;
- 98,5 mil toneladas de resíduos retirados em ações;
- 250 servidores brigadistas;
- 300 servidores capacitados;
- 15 ações de fiscalização integrada;
- Chatbot dengue (até 06/01): 49.078 pacientes foram acompanhados e 16.428 reencaminhados aos serviços de saúde para novas orientações;
- 36 lideranças de bairros capacitadas;
- 41 capacitações em manejo do paciente suspeito de dengue para equipes de enfermagem e médica;
- 77 capacitações para agentes comunitários de saúde;
- 35 reuniões e visitas técnicas em serviços de saúde;
- 153 ações de educação em saúde para profissionais e serviços de saúde no período entre 1º de janeiro e 20 de dezembro de 2024.
Estatísticas e assistência
Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, Campinas registrou 121.241 casos confirmados de dengue e 84 óbitos. Os dados foram atualizados até segunda-feira, 6 de janeiro.
Dois fatores contribuíram para a alta de casos na cidade em 2024: circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história e condições climáticas favoráveis para a proliferação do Aedes aegypti, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor.
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.