A carcaça de uma toninha foi recolhida pelo Instituto Biopesca em avançado estado de decomposição na praia da Aviação, em Praia Grande, na tarde da última terça-feira (28). O animal, um macho adulto de nome científico Pontoporia blainvillei, estava preso a uma rede de pesca – o que pode significar uma ‘morte acidental’.
Os agentes foram acionados por volta das 17h30 para recolher a carcaça do animal, que pesava 15,4 kg e media 119,2 cm. Segundo o Instituto Biopesca, a toninha, por ser uma espécie costeira, é particularmente vulnerável às atividades humanas, como a pesca acidental e a poluição, que afetam diretamente seu habitat natural.
O Instituto Biopesca é uma das instituições responsáveis pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que avalia os impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural na região. O projeto também realiza o atendimento veterinário e necropsias de animais encontrados mortos.
‘Pontoporia blainvillei’; saiba mais sobre a toninha
A toninha é uma espécie de golfinho ameaçada de extinção, que habita águas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina, com profundidades de até 30 metros. Sua distribuição ao longo do Brasil é descontínua, ocorrendo desde Itaúnas (ES) até o Golfo Nuevo (Argentina), com lacunas em várias regiões do litoral.
Com um porte pequeno, a toninha é facilmente identificada pelo seu longo e fino rostro, com mais de 200 dentes. Seus olhos são pequenos, e a nadadeira dorsal é pequena e retangular. Sua coloração varia entre tons de marrom, cinza e amarelo, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento no litoral de São Paulo.