A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) confirmou, por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), a presença de norovírus dos genogrupos 1 e 2 em amostras de fezes coletadas na Baixada Santista. Esses vírus são agentes causadores das noroviroses, tipo de gastroenterite viral transmitida principalmente pela via fecal-oral.
De acordo com a pasta, a norovirose é considerada uma doença autolimitada, com duração média de três dias. Entre os sintomas – muito registrados recentemente – estão náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, além de possíveis dores musculares, cansaço, febre baixa e dor de cabeça.
“Estas informações são importantes para orientar o tratamento aos pacientes. No entanto, estamos investigando, em conjunto com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista, a fonte que causou esta infecção”, esclarece Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES.
Tratamento
O tratamento principal para a norovirose é a hidratação, sendo a hidratação endovenosa necessária em casos mais graves. A hospitalização é geralmente rara, mas crianças e idosos precisam de atenção especial devido à vulnerabilidade. É fundamental monitorar os sinais de desidratação e buscar ajuda médica quando necessário.
Em caso de evacuações frequentes e líquidas, dificuldade para hidratar devido a vômitos persistentes, pele e boca secas ou dificuldade para urinar, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. A Secretaria da Saúde alerta que nenhum medicamento deve ser administrado sem a devida orientação e prescrição médica.
Retrospecto
Na última segunda-feira (6), a SES reuniu secretários municipais de saúde e representantes das vigilâncias epidemiológicas dos nove municípios da Baixada Santista para discutir o surto de infecções. Durante o encontro, foram anunciadas a coleta de amostras de água e fezes humanas, além de medidas para conter o avanço.
Também foram estabelecidas orientações e ações preventivas contra doenças transmitidas por água e alimentos (DTAs). A coordenadora Regiane de Paula destacou que o Instituto Adolfo Lutz foi fundamental na investigação para definir os passos seguintes.
Os municípios mais afetados até agora, segundo a SES, incluem Santos, Guarujá, Praia Grande e São Vicente. Inicialmente, a situação foi tratada como surto de gastroenterocolite.
Veja quais são os meios de prevenção:
• Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar;
• Evite alimentos mal-cozidos;
• Mantenha os alimentos bem refrigerados, com atenção especial às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados onde os alimentos ficam acondicionados;
• Evite tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas;
• Leve seus próprios lanches durante passeios ao ar livre, corretamente armazenados;
• Observe bem a higiene os estabelecimentos comerciais;
• Não consuma gelo, “raspadinhas”, “sacolés”, sucos e água mineral de procedência desconhecida.