Inflação desacelera em maio: IPCA registra menor alta desde junho de 2023
A inflação desacelera e o mês de maio registra alta de 0,26% no IPCA, o indicador oficial da inflação. Este é o menor índice para o mês de maio desde 2023, quando os preços subiram 0,23%. O dado traz alívio no bolso das famílias e reforça expectativas positivas para os próximos meses.
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Alimentos ajudam a frear a inflação
A maior contribuição para a desaceleração veio dos alimentos. No grupo “alimentação no domicílio”, que apresentou uma variação de 0,02%, destacam-se as quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%) e do ovo de galinha (-3,98%). Por outro lado, a batata-inglesa subiu 10,34% e a cebola, 10,28%.
Já no grupo alimentação fora de casa, o cenário foi de estabilidade. O lanche teve alta de 0,59%, e a refeição, 0,34%.
Transportes aliviam o índice com queda nos combustíveis
No setor de transportes, o grupo registrou queda de 0,37%, impulsionado principalmente pela redução nos preços dos combustíveis (-0,72%), com a gasolina caindo 0,66%. As passagens aéreas também apresentaram queda significativa de 11,31%. Porém, houve alta no metrô, com aumento de 1,07%.
Gás de cozinha e energia elétrica puxam alta em habitação
O grupo de Habitação avançou 1,19%, com destaque para a energia elétrica residencial, que subiu 3,62% e teve o maior impacto individual de alta no IPCA (0,14 p.p.). O leite longa vida subiu 5,36% e o gás de botijão registrou alta de 1,58%. No acumulado de 12 meses, a inflação desacelera e soma 5,32%.
Segundo o IBGE, 7 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta, mas em ritmo mais moderado.
O que esperar dos próximos meses?
A leitura de maio indica tendência de desaceleração, mas o cenário ainda exige cautela. Fatores como clima e oscilações no mercado internacional podem impactar os preços. O Banco Central segue atento à inflação e às próximas decisões sobre a taxa de juros.
