O imposto do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes chegou a R$ 87.346.578,00. O valor representa quase 40% da premiação total, que foi de R$ 215,5 milhões.
A maior parte dessa cobrança vem dos Estados Unidos, que retiveram R$ 64,6 milhões. Já o Brasil ficou com R$ 22,6 milhões.
Com o torneio acontecendo nos Estados Unidos, os clubes brasileiros tiveram que seguir as exigências fiscais do país. Ou seja, foi o próprio país-sede que abocanhou a fatia mais alta dos tributos.
A carga tributária total para os clubes brasileiros chega a 45% sobre o valor das premiações: 30% de imposto retido nos EUA e 15% cobrados pela Receita Federal do Brasil (IRPJ).
No caso do Fluminense, isso significa que R$ 87 milhões deixaram de entrar no caixa do clube. Projeções com base na cotação do dólar e nas regras fiscais apontam que o Tricolor ficou com R$ 128,48 milhões líquidos.
Imposto do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes: entenda por que foi cobrado
Ao contrário de atletas olímpicos, que costumam ter isenção fiscal, clubes não têm esse benefício automático. O imposto do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes segue as regras fiscais tanto do Brasil quanto dos EUA. E, neste caso, os americanos retiveram o valor diretamente na fonte, antes mesmo da quantia chegar ao Brasil.
No Brasil, a Receita Federal cobra diretamente IRPJ e CSLL, mesmo quando o clube já pagou parte dos tributos no exterior. Isso torna a carga pesada, mesmo com o dólar em alta, cotado a R$ 5,41 no período da premiação.
Clube ainda pode ganhar mais no torneio
Apesar da mordida dupla dos impostos, o Fluminense ainda pode arrecadar mais, dependendo de sua campanha na fase final da competição. A expectativa é que o valor final recebido aumente caso o clube avance no torneio.
Mesmo com os descontos, a premiação líquida de R$ 128 milhões representa um dos maiores reforços financeiros da história recente do Tricolor. Agora, o desafio é transformar esse ganho em investimento inteligente e duradouro.