A vicentina Maria Clara Pacheco, se consagrou a grande campeã mundial de taekwondo na categoria até 57 kg em Wuxi, na China. A lutadora brasileira começou o torneio como a líder do ranking e derrotou a coreana Yu-Jin Kim, atual campeã olímpica, para faturar a medalha ouro. Aos 22 anos, ela se tornou a segunda brasileira no lugar mais alto do pódio, ao lado de Natália Falavigna, que conquistou o título há 20 anos.
Campanha brilhante
A atleta de São Vicente ganhou a grande final por 2 a 0, com 2 a 2 na primeira parcial e 12 a 10 no segundo. Na primeira luta, Maria Clara venceu a portuguesa Leonor Correia. Na sequência, ganhou da espanhola Laura Rodriguez Marquina e da americana Faith Dillon. Já na semifinal, a brasileira venceu a chinesa Luo Zongshi, sua algoz das Olimpíadas de Paris e até então campeã mundial, por 4 a 0.

“É uma emoção que eu não consigo explicar, é a primeira vez ganhando um título tão importante, que era o meu objetivo do ano. Estou muito feliz e queria agradecer todos que estavam na torcida”.
De São Vicente para o mundo
Em entrevista exclusiva para o portal VTV News, Maria Clara contou um pouco sobre sua trajetória no esporte, a emoção de conquistar o ouro no mundial e os próximos passos na carreira.
A lutadora vicentina conta que descobriu a modalidade muito cedo. “Tudo começou em São Vicente, minha cidade natal, onde descobri o taekwondo aos 11 anos de idade, fiz uma aula experimental e nunca mais parei”.
Desde criança, a atleta treinou muito para conquistar o mundo e contou com uma rede de apoio fundamental para alcançar o lugar mais alto do pódio.
“É uma emoção que não consigo explicar. Penso em tudo o que vivi, nas pessoas que acreditaram em mim, como meu pai, minha mãe e principalmente meu treinador que tornou isso possível e, que cada sacrifício vale a pena”.

Mudanças que fizeram a difrença
Maria Clara também explicou como usou os momentos que viveu nas Olimpíadas de Paris para se preparar para o mundial de taekondo e fazer algumas mudanças importantes até conquistar a tão sonhada medalha de ouro.
“Após os Jogos de Paris, usei cada experiência, vitória e derrota como combustível e, resolvi fazer mudanças. Mudei de técnico (mudança principal), preparador físico, psicóloga, nutricionista, adicionei uma fisioterapeuta e uma assessoria profissional e especializada em gestão de imagem e comunicação. A preparação após os Jogos foi intensa, tanto física quanto mental, mas, focamos nas grandes competições da temporada de 2025 e, no objetivo principal do ano: ser campeã mundial”.

Próximos passos
Por fim, a atleta de São Vicente espera terminar o ano com chave de ouro e fazer uma excelente preparação em busca de mais medalhas nas Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
“Agora, vou seguir com o mesmo foco, disputar a última etapa do Grand Prix Challenge de 21 a 24 de novembro em Bangkok, me manter no topo do ranking e encerrar 2025 consolidando o melhor ano da minha carreira até os Jogos de Los Angeles 2028”.