Quando uma denúncia anônima chegou à Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande, na Baixada Santista, ninguém imaginava que se tratava de um esquema bem estruturado de exploração sexual. Na quarta-feira (14), policiais invadiram uma casa com histórico de abusos envolvendo até uma adolescente de 17 anos.
No local, foram encontrados preservativos espalhados, acessórios íntimos e anotações com valores e regras de funcionamento. Conforme informado pela Polícia Civil, o imóvel, localizado na Avenida Guido Mangioca, no bairro Maracanã, funcionava como uma “casa do prazer”.
Os agentes também encontraram uma adolescente de 17 anos, duas mulheres adultas e a responsável pela residência – presa em flagrante. As vítimas relataram que haviam chegado há pouco tempo, mas já acumulavam dívidas: pagavam R$ 100 por dia de hospedagem e recebiam R$ 150 por programa.
Após denúncia anônima, responsável pela ‘casa do prazer’ foi presa
De acordo com a polícia, o ciclo de exploração era rigorosamente controlado pela responsável, que mantinha as regras anotadas e impedia a liberdade das vítimas. Anotações financeiras mostravam o funcionamento.
O contrato de locação estava em nome da mulher de 23 anos, que gerenciava toda a estrutura. Ela responderá por corrupção de menores, favorecimento à prostituição e manutenção de casa de exploração sexual, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Penal.
Já a adolescente de 17 anos foi acolhida e encaminhada à rede de proteção, recebendo assistência especializada. O caso segue em apuração, com investigação das circunstâncias e da possível participação de outros envolvidos.