Uma mulher condenada por tortura foi presa nesta sexta-feira (10), em Praia Grande, na Baixada Santista, onze anos após o crime. Segundo a Polícia Militar, o caso envolveu um grupo que submeteu a vítima a sofrimento físico e psicológico, resultando em condenação coletiva. A prisão ocorreu após a expedição de um mandado judicial definitivo nesta semana.
O repórter Pietro Falbuon, da VTV, apurou que a Equipe Bravo do 45º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI) foi até a Rua Nicolau Paál, no bairro Quietude, após denúncias que indicaram o paradeiro de Sulamita Reis Lima, de 38 anos. No local, os PMs identificaram uma mulher com as mesmas características da denúncia e realizaram a abordagem.
Ao consultarem o sistema do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), os agentes confirmaram que havia contra ela um mandado de prisão definitiva, expedido na quinta-feira (9). A decisão judicial determinava o cumprimento da pena seis anos e dez meses em regime fechado. Sulamita foi conduzida à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.
Sequestro e tortura foram motivados por ciúmes
O crime pelo qual Sulamita foi condenada ocorreu no ano de 2014, no bairro Anhanguera, também em Praia Grande. Conforme noticiado na época, uma adolescente de 17 anos foi sequestrada, espancada e torturada por Sulamita e outras mulheres, motivadas por ciúmes relacionados a um relacionamento amoroso (assista mais abaixo).
A vítima havia se relacionado com o ex-companheiro da agressora, mas assegura que nunca manteve qualquer envolvimento enquanto ele estava com Sulamita. Ainda assim, a acusada planejou a abordagem e enganou a jovem com a promessa de levá-la até o ex-companheiro.
Confiando na proposta, a adolescente aceitou ir até a casa da agressora, onde foi trancada e submetida às agressões, que incluíram socos, tapas, chutes e queimaduras de cigarro, além de ataques com objetos como panela de pressão e capacete. Ela também foi obrigada a passar pano na casa da agressora e sofreu humilhações verbais constantes.
A decisão determinou a prisão de mais três mulheres, enquanto outros quatro réus aguardam julgamento de recurso. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) foi procurado pelo VTV News e confirmou a audiência de custódia de Sulamita. Segundo a instituição, trata-se do “cumprimento de mandado de prisão, sem irregularidades, e ela segue presa”.