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Deputado propõe “PEC Bomba Nuclear” que autoriza o Brasil a desenvolver armas nucleares

Deputado do União Brasil busca apoio para retirar menção a “fins pacíficos” do uso de energia nuclear na Constituição.
Deputado propõe "PEC Bomba Nuclear" que autoriza o Brasil a desenvolver armas nucleares (Foto: Flickr)

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o desenvolvimento de armas nucleares no Brasil para fins dissuasórios, em contextos de ameaça grave ao território nacional ou de uso iminente de armas de destruição em massa contra o país. O texto altera o artigo da Constituição de 1988 que, atualmente, limita o uso da energia nuclear exclusivamente a finalidades pacíficas.

Para que a PEC seja protocolada, são exigidas 171 assinaturas de parlamentares, que ainda estão sendo recolhidas. O projeto propõe suprimir a expressão “fins pacíficos” do artigo que regula a atividade nuclear no Brasil, permitindo, assim, que o país tenha respaldo constitucional para desenvolver armamento atômico com finalidade estratégica.

O texto estabelece que o uso das armas nucleares só poderá ser feito em duas situações:

  • Em caso de grave ameaça de conquista do território nacional;

  • Diante de fundada ameaça de uso de armas de destruição em massa contra a Pátria.

Ainda segundo a proposta, o uso prévio de armas de destruição em massa por terceiros autoriza a retaliação com armamento nuclear por parte do Brasil. A PEC também determina que o país abandone tratados internacionais de não-proliferação dos quais é signatário — sem detalhar, porém, quais mecanismos diplomáticos seriam acionados para esse rompimento.

O projeto propõe suprimir a expressão “fins pacíficos” (Foto: Reprodução / Flickr)

Argumentação e contexto geopolítico

Na justificativa do texto, Kataguiri afirma que o mundo atravessa um momento de “reconfiguração geopolítica“, no qual a capacidade de dissuasão e a autonomia tecnológica voltaram a integrar o eixo central das estratégias de segurança global. Ele sustenta que a proposta se ancora no princípio da autodefesa previsto no artigo 51 da Carta das Nações Unidas, bem como nos princípios constitucionais da soberania, da autodeterminação dos povos e da integridade territorial.

“A proposta não defende o belicismo, mas a preservação da paz por meio da força. Um país que não pode se defender não é verdadeiramente livre. O Brasil precisa ter meios para proteger seu território, sua população e suas riquezas”, disse o parlamentar.

A PEC ainda não foi oficialmente protocolada na Câmara.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista formado em junho de 2025, atuando desde 2023 com foco em reportagens de profundidade, gestão de projetos, fotografia e pesquisa. Autor de obra sobre temas sociais e políticos, com análise crítica da democracia e da sociedade.

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