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Justiça determina cassação de Cafú, vice-prefeito de Hortolândia, por suspeita de ameaçar candidata

Segundo a sentença, o vereador Léo do LM, juntamente com o vice-prefeito, tentou coagir Fabíola durante uma reunião
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A Justiça Eleitoral de Hortolândia determinou a cassação do mandato do vice-prefeito da cidade, Carlos Augusto Cesar, o Cafú (PSB), e do vereador Leonardo Martins Moreira, o Léo do LM (PSB), em decisão do juiz Luis Mario Mori Domingues, neste domingo (4), por abuso de poder econômico e político, além de violência política de gênero.

Eles são acusados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de oferecer dinheiro e ameaçar a candidata a vereadora Fabíola Santos de Almeida (Solidariedade) para que ela desistisse de sua candidatura.

A ação foi movida pelo MPE. Segundo a sentença, o vereador Léo do LM, juntamente com o vice-prefeito, tentou coagir Fabíola durante uma reunião, onde teriam oferecido dinheiro para ela e até feito ameaças para que deixasse a candidatura.

Ainda de acordo com a denúncia, o candidato a vereador, ao saber que Fabíola também seria candidata na sua região de apoio eleitoral, tentou dissuadi-la de sua participação, propondo uma troca de apoio político, alegando que a desistência dela seria importante para os votos femininos que o partido poderia receber.

Após receber uma negativa da candidata, Léo do LM a teria convidado para uma reunião, juntamente com o vice-prefeito Carlos Augusto Cesar, o Cafú, que foi gravada pela vítima.

Confira trechos da reunião em que vice-prefeito ameaça candidata a vereadora em Hortolândia:

Cafú cita no áudio que Fabíola não teria apoio nenhum, tanto do partido quanto da candidatura majoritária à qual pertence. Ele ainda afirma que está na política há 42 anos, incluindo sua interferência no cenário nacional como coordenador e mentor.

O vice-prefeito menospreza o potencial da candidata, alegando que, se ela conseguisse 200 votos, poderia “erguer a mão para o céu”.

A vítima, que é proprietária de um quiosque na Avenida Goiás, é ameaçada por Cafú, que diz que ela poderia perder o ponto do comércio.

Na reunião, Fabíola questiona sobre garantias de trabalho e Léo do LM oferece R$ 2 mil, enquanto Cafú oferece mais R$ 1 mil para ela “ajustar a vida no período”. Cafú ainda afirma que ela teria um cargo imediato em uma empresa terceirizada.

Candidata é ameaçada por Léo do LM

Após a reunião, Fabíola conta em denúncia que foi perseguida pelo candidato a vereador Léo do LM, que foi até três bairros da cidade mostrando uma foto dela e perguntando onde a candidata residia. Além disso, ele apareceu diversas vezes em seu comércio com o intuito de intimidá-la.

A vítima ainda afirma que, dias depois, cabos de energia elétrica de seu quiosque foram cortados e faixas de sua campanha foram arrancadas do local. Ela registrou um boletim de ocorrência na ocasião e obteve uma medida protetiva na Justiça.

Fabíola continuou com sua candidatura, porém não venceu a disputa. Já Léo LM foi eleito com mais de 1600 votos.

Vice-prefeito e vereador podem ficar inelegíveis por 8 anos

Cafú postou um story na manhã desta segunda-feira (6) fazendo caminhada.

“Fica a dica. As pessoas podem trabalhar contra você. As pessoas podem te odiar. As pessoas podem não se conformar com o seu sucesso. Mas, se você, ao invés de tratar o ódio com ódio, raiva com raiva, e com tudo isso, fizer um aprendizado, tratar o ódio com amor”, disse.

Na decisão, o juiz Mário Mori Domingues determinou que, além da cassação, Cafú e Léo do LM fiquem inelegíveis por oito anos.

Também era réu na ação o prefeito de Hortolândia, José Nazareno, o Zezé Gomes (Republicanos), que o Ministério Público apontava como mandatário das ameaças à candidata. Porém, o juiz julgou a acusação improcedente.

Posicionamento da Defesa

Em nota, a Prefeitura de Hortolândia informou que, em relação ao andamento do processo que tramita na Justiça Eleitoral, referente ao vice-prefeito Cafú Cesar, as questões da Administração Municipal permanecem normalmente. Todas as atribuições estão vigentes enquanto os recursos de cada uma das partes forem analisados por todas as instâncias judiciais.

Entramos em contato com a defesa da chapa e o advogado Cristiano Vilela comentou que tem absoluta confiança de que não houve qualquer prática indevida.

“Ao final do processo, a ação será julgada improcedente”, afirma o advogado.

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