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Paulinho pode não assumir como prefeito em Mongaguá; Entenda

Aprovação da candidatura já passou por uma série de aprovações e desaprovações neste ano
Foto/reprodução: redes sociais

A situação da gestão municipal de Mongaguá tem sido marcada por uma série de reviravoltas e incertezas nos últimos meses. Após vencer as eleições com 42,47% dos votos, Paulo Wiazowski Filho (PP), o Paulinho, enfrenta uma disputa jurídica que pode impedir sua diplomação como prefeito.

A decisão mais recente veio do ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indeferiu o registro de candidatura do político.

Para facilitar a compreensão do processo, a VTV News reuniu as informações em ordem cronológica visando esclarecer os principais acontecimentos relacionados à situação eleitoral de Paulinho.

Paulinho prefeito de Mongaguá: Primeiro julgamento

A controvérsia começou em 9 de setembro, quando o juiz eleitoral de Itanhaém, Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, da 189ª Zona Eleitoral, indeferiu o registro de Paulinho como candidato a prefeito.

O magistrado considerou que a reprovação das contas de sua gestão anterior como prefeito (2008-2012) pela Câmara Municipal, enquadrava-se nos critérios da Lei Complementar 64/90. De acordo com o Código Eleitoral, tornam-se inelegíveis políticos com contas rejeitadas por improbidade administrativa.

Ele recorreu, levando o caso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Na sessão plenária de 1º de outubro, o relator, desembargador federal Cotrim Guimarães, votou contra o recurso. Contudo, o juiz Regis de Castilho pediu mais tempo para análise.

Em nova sessão, realizada em 4 de outubro, Castilho abriu divergência e votou a favor do recurso de Paulinho. O juiz argumentou que a desaprovação das contas não implicava imputação de débito. Na sequência, os juízes Rogério Cury e Claudio Langroiva Pereira também pediram vista, adiando a conclusão do julgamento.

Se tiver a candidatura aprovada, Paulinho terá segundo mandato como prefeito em Mongaguá; dessa vez, ao lado do vice Julio da Imobiliária, do PDT – Foto/reprodução: redes sociais

Paulinho venceu eleição para prefeito de Mongaguá com candidatura “indeferida com recurso”

Mesmo assim, o progressita concorreu às eleições de 6 de outubro, com a candidatura marcada como “indeferida com recurso”, e recebeu 14.459 votos.

Isso foi possível porque a legislação brasileira, por meio da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), permite que candidatos nessa situação disputem o pleito enquanto aguardam decisões judiciais definitivas.

No dia seguinte, o juiz Rogério Cury votou favoravelmente ao recurso de Paulinho, deferindo o registro de sua candidatura. Ele justificou que não havia comprovação de dolo específico em sua gestão, afastando a possibilidade de improbidade administrativa intencional.

Em novembro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) reverteu a situação, quando o registro de candidatura de Paulinho foi aprovado por 5 votos a 1.

Justiça voltou atrás no caso de Paulinho, eleito prefeito de Mongaguá

Na última sexta-feira (6), no entanto, André Mendonça, do TSE, reformou o acórdão do TRE-SP e acatou um recurso da coligação Mongaguá Sempre em Frente, formada pelos partidos Cidadania, PSDB, Novo, Podemos, PRD e Republicanos.

O ministro argumentou que o julgamento do caso demandava uma revisão mais rigorosa das circunstâncias. No entanto, ainda há esperança para Paulinho: o processo será levado ao plenário do TSE, onde a decisão final será tomada.

A defesa, representada pelo advogado Ricardo Vita Porto, divulgou uma nota reafirmando confiança na Justiça e destacando que o julgamento ainda não foi concluído.

O advogado afirma que o caso será submetido ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral, com expectativa de que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo seja mantida, o que valida o registro de candidatura de Wiazowski.

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