A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros retomaram nesta terça-feira (30/04) as buscas pelo paradeiro do policial Luca Romano Angerami, de 21 anos, desaparecido desde o começo deste mês em Guarujá. Segundo a polícia, novas pistas sobre o possível paradeiro do corpo do PM levaram os militares novamente à Vila Baiana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local é de difícil acesso.
Desde que as buscas por Luca começaram, a polícia encontrou seis corpos naquela comunidade, um verdadeiro “cemitério clandestino”. Ao todo, oito suspeitos já foram presos por envolvimento no caso.
Nesta segunda-feira (29/04), o pai de Luca, Renzo Borges Angerami, postou um vídeo nas redes sociais onde faz um apelo, e pede que o corpo do filho seja devolvido para que possa ser velado e enterrado.
O caso
Luca Romano Angerami, de 21 anos, foi visto a última vez junto com um amigo em uma adega no último sábado (13/04). Segundo a Polícia Civil, o veículo dele foi encontrado aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe por policiais militares rodoviários no domingo (14/04), na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Segundo um suspeito, que confessou ter participado do sequestro do PM, Luca foi rendido, baleado no Guarujá e levado no próprio carro até um rio em São Vicente. Ele relatou ainda que o agente foi morto após os criminosos descobrirem que ele era policial militar. A arma e a carteira do soldado foram levadas.
Porém, de acordo com a Polícia, essa versão deixou algumas dúvidas, o carro do PM não indicava nenhuma mancha de sangue ou tiros, e o celular foi localizado em uma comunidade de Santos, onde, conforme o que se sabe, nem Luca e nem o suspeito estiveram.
O PM trabalha no terceiro batalhão da Polícia Militar em São Paulo e estava no Guarujá de folga. Ele é quadrigêmeo, um dos irmãos também é policial e o pai investigador. O desaparecimento ocorre duas semanas depois do fim da terceira fase da operação verão, desencadeada após a morte de um policial em Santos, no dia 2 de fevereiro deste ano.