Quem acompanha a coluna semanalmente, ou um pouco da política de Portugal, sabe que o país vem sofrendo com uma imigração descontrolada, fruto de decisões equivocadas do governo socialista de Antônio Costa (PS), que comandou o país nos últimos 8 anos.
Em apenas 7 anos, Portugal viu o número de estrangeiros aumentar de 420 mil para os atuais 1.600.000. Ou seja, nesse período, o número de imigrantes quadruplicou e ganhou as manchetes dos jornais.
Não é preciso ser nenhum gênio para compreender que não há país no mundo que consiga receber, acolher e integrar uma quantidade colossal de pessoas, ainda mais se considerarmos um país com uma população diminuta (10 milhões) como a de Portugal.

Dito isso, resta óbvio que os serviços públicos portugueses que já eram frágeis para atender a sua população, colapsaram em um efeito dominó. Para piorar a situação, dia após dia, a xenofobia, o racismo e a aversão aos imigrantes crescem a olhos vistos e desestabilizam a sociedade portuguesa.
Não há português que não torça o nariz ou ‘bufe’ quando o assunto é imigração. Mas se a repulsa e a revolta se resumissem a caras e bocas, a situação seria até que suportável, mas não. Há muita violência verbal e física sem nenhum constrangimento.

Essa semana uma brasileira foi alvejada com uma pedra na cabeça, após uma discussão banal na rua. Isso mesmo, caro leitor. Uma imigrante apedrejada como se fazia em tempos bíblicos.
Segundo relatos das brasileiras que foram vítimas da agressão, um homem em um prédio em uma das ruas pedonais mais importantes do Porto, por onde elas caminhavam à noite, saiu à janela do apartamento chamando-as de “vacas” e gritando para que elas falassem mais baixo.

Indignadas, as brasileiras retrucaram a ofensa e, sem nenhum pudor, o homem atirou uma pedra que atingiu a cabeça de uma delas, que acabou a noite no hospital fazendo exames médicos e tendo levado cinco pontos.
E não pensem que esses casos são pontuais, muito pelo contrário. Basta olhar os noticiários para perceber que a xenofobia é o prato do dia em Portugal, ultimamente.

Que o ódio ao diferente é um problema transversal a todos os países, não é nenhuma novidade, mas a escalada de violência Em Terras Lusas só aumenta e parece não recuar.
Tentando amenizar os problemas da imigração de portas abertas, o primeiro-ministro Luís Montenegro, vem desde janeiro, e agora mais fortemente desde maio último, quando foi reeleito, criando leis para estancar a entrada de imigrantes no país, e assim, “fechar a torneira” desse caos migratório.

Uma das medidas, que tem surtido um bom efeito, foi o fim do instrumento jurídico chamado de “Manifestação de Interesse” que possibilitava aos imigrantes a permanência legal enquanto procurassem emprego por aqui. Outra medida tomada é a expulsão dos imigrantes ilegais, que beira os 40 mil até a data de hoje. Apesar das dúvidas quanto à execução efetiva dessa medida, ela tem mais efeitos psicológicos do que práticos e visa, quando muito, apaziguar os ânimos lusos mais exaltados.
Mas as medidas não param por aí. Na próxima semana mais medidas anti-imigração irão ser votadas no Congresso. Entre elas, duas chamam a atenção.
A primeira, duplica o prazo de 5 para 10 anos de permanência em solo português para aqueles imigrantes que pretendem ter direito e acesso à cidadania portuguesa.
A segunda refere-se ao reagrupamento familiar. Segundo a nova legislação, os imigrantes que aqui estão terão que esperar 2 anos para trazerem seus familiares que não podem estar em terras portuguesas, exceto se estes filhos forem menores.
De acordo com os dados da Direção Geral das Estatísticas de Justiça os títulos emitidos para reagrupamento familiar caíram de uma média mensal de 3.183 em 2019 para 1.328 em 2025, de acordo com os valores contabilizados até junho deste ano.
Após 10 anos morando em Portugal, fica claro, e é duro constatar isso, os imigrantes sejam eles ricos ou pobres, brasileiros, americanos ou de Bangladesh já não são mais bem vistos como antigamente e quem pretende imigrar para Portugal deve considerar isso.