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Mulher é detida após chamar criança de 6 anos de macaca em Limeira

A suspeita foi liberada e responderá em liberdade

Uma mulher de 24 anos foi presa após ofender uma criança de apenas 6 anos com falas racistas, chamando a menina de “macaca”, no bairro Olga Veroni, em Limeira. De acordo com o registro da ocorrência, o caso teria ocorrido durante uma discussão entre a suspeita e os pais da criança, na última segunda-feira (9).

Em depoimento, a mulher relatou que é vizinha da família e que a mãe da criança iniciou a discussão, proferindo xingamentos e chamando-a de “prostituta”, entre outras ofensas. Durante a briga, a suspeita alegou que pediu para o filho dela, também criança, se afastar da menina e ir para casa. Em resposta, o casal acusou a mulher de ser racista e acionou a polícia.

Todos os envolvidos foram levados à delegacia, onde prestaram depoimento e uma testemunha confirmou os relatos dos pais da criança. A mulher foi presa, mas foi liberada nesta terça-feira (10) para responder em liberdade.

Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou em entrevista à reportagem da VTV que a discussão entre as duas mulheres teria ocorrido por ciúmes. Segundo a testemunha, durante a briga, as crianças, filhos dos envolvidos, se abraçaram, e o pai da menina afirmou que não queria mais que a filha brincasse com o menino. “Eu não acredito que ela seja racista, a maioria dos amigos dela são negros”, afirmou.

Pai da criança ofendida com falas racistas em Limeira promete buscar justiça

O pai da menina afirmou que irá contratar um advogado para buscar justiça, já que a suspeita não permaneceu presa. “Eu tenho uma filha de 6 anos e zelo por ela. Já estou contratando um advogado para dar seguimento, porque com as leis que temos hoje, nós não conseguimos justiça. Ela foi presa às 22h e liberada em menos de 15h”, afirmou o homem, indignado com a situação.

O pai ainda relatou que, por diversas vezes, a filha o questionava sobre o motivo de não poder brincar com o filho da vizinha, o que o leva a suspeitar que a menina já vinha sofrendo preconceito há algum tempo. “Isso não vai ficar barato assim, ela vai ter que pagar”, afirmou.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Dr. Manfrinni Alcantra, a suspeita irá responder em liberdade e novas diligências serão feitas para apurar melhor o fato.

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