Um jovem de 24 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), denunciou ter sido estuprado por um homem de 57 anos no Centro de Guarujá, na Baixada Santista. Durante o registro da ocorrência na Delegacia Sede, a vítima estava acompanhada por um servidor da Residência Inclusiva, que atende adultos com deficiência no município.
Segundo o boletim de ocorrência (BO), obtido pelo VTV News, o caso teria ocorrido na noite do último dia 5 de outubro e foi registrado como estupro de vulnerável. Seis dias depois, o jovem procurou uma servidora do Pronto Atendimento Municipal (PAM), relatando o suposto abuso sexual. Ele chegou a simular o ato com gestos e indicou o possível autor.
O suspeito possui deficiência física, incluindo amputações na perna e braço esquerdos. À polícia, ele negou as acusações, alegando que suas limitações físicas o impediriam de cometer o ato, e chegou a manifestar interesse em registrar BO por calúnia contra a suposta vítima. Já a cuidadora que atendeu o jovem no PAM orientou ele a formalizar a denúncia.
Polícia mantém inquérito sobre suposto estupro de vulnerável
O registro policial indica que a vítima apresentava manchas de sangue nos lençóis e na parede, que foram limpas posteriormente. Contudo, o jovem possui histórico de falas desconexas e não havia mencionado qualquer abuso durante a semana. Consultas médicas regulares no acolhimento não identificaram sinais de violência, apenas problemas de higiene.
Além disso, no próprio dia do registro da ocorrência, ao ser chamado para conversar, o jovem estava na sala do PAM falando com o suspeito sobre o jogo de futebol do Santos, sem mencionar o abuso até aquele momento. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou que o caso segue sendo investigado por meio de inquérito policial.
“A autoridade responsável realiza diligências para esclarecer todas as circunstâncias e garante que detalhes sensíveis estão sendo preservados”, disse a pasta. A Prefeitura de Guarujá também foi procurada para comentar o caso, mas até o momento não retornou o contato. O homem apontado como autor do suposto abuso não foi identificado, mas o espaço segue aberto.