Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (06) mostram mudanças significativas no perfil religioso da população brasileira nos últimos 12 anos. O percentual de católicos caiu de 65,1% em 2010 para 56,7% em 2022, enquanto os evangélicos aumentaram sua representação de 21,6% para 26,9% no mesmo período.
Quem cresceu e quem perdeu fiéis
- Evangélicos: dispararam de 21,6% para 26,9% (maior crescimento)
- Religiões afro-brasileiras (Umbanda e Candomblé): saltaram de 0,3% para 1,0%
- Sem religião: aumentaram de 7,9% para 9,3%
- Espíritas: recuaram de 2,2% para 1,8%
- Católicos: a maior queda, de 65,1% para 56,7%

O mapa da fé no Brasil
- Católicos dominam no Nordeste (63,9%) e Sul (62,4%)
- Evangélicos são mais fortes no Norte (36,8%) e Centro-Oeste (31,4%)
- Religiões afro têm força no Sul (1,6%) e Sudeste (1,4%)
- Sem religião lideram no Sudeste (10,5%)
Entre os espíritas, a maioria é de pessoas brancas (63,8%), seguidos por pardos (26,3%). Já os evangélicos têm maior participação de pardos (49,1%), com apenas 0,2% de amarelos.
Nas religiões afro-brasileiras como Umbanda e Candomblé, os brancos são 42,7% e os pardos 26,3%. As tradições indígenas são seguidas principalmente por indígenas (74,5%).
Quanto aos sem religião, 45,1% são pardos e 39,2% brancos. Esses números mostram como as diferentes crenças têm perfis raciais distintos no Brasil.

- Entre indígenas, 24,6% seguem tradições nativas e 32,2% são evangélicos
- Amarelos têm os maiores índices de sem religião (16,2%) e outras crenças (13,6%)
- Espíritas são os mais escolarizados: 48% têm ensino superior completo
- Católicos são maioria entre idosos (72% acima de 80 anos)
Os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o Censo Demográfico 2022, que pesquisou a população de 10 anos ou mais de idade em todo o território nacional.