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Tati Machado: por que a perda gestacional tardia é mais rara?

A apresentadora perdeu o bebê que esperava na 33ª semana de gestação
tati machado

A jornalista e apresentadora Tati Machado, da TV Globo, perdeu o bebê que esperava na 33ª semana de gestação. Segundo comunicado oficial, Tati deu entrada na maternidade na última segunda-feira (12), após perceber a ausência de movimentos fetais.

“Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas”, diz a nota.

Ainda de acordo com o comunicado, Tati precisou passar pelo trabalho de parto.

“Um processo cercado de amor, coragem e profunda dor. Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados”, completou o comunicado.

Imagem reprodução: redes sociais

A gravidez de Tati transcorria normalmente até então. A nota também pediu privacidade para que a apresentadora, seu marido Bruno e a família possam viver o luto com respeito e acolhimento.


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Por que a perda gestacional tardia acontece?

Segundo a ginecologista, obstetra e pós-graduada em Medicina Fetal, Júlia Alencar, a partir da 28ª semana de gestação, o bebê já está em um estágio avançado de desenvolvimento, com funções vitais mais bem estabelecidas e um ambiente intrauterino geralmente mais estável. Por isso, perdas gestacionais após essa fase são menos comuns, mas acontecem.

Segundo a especialista, as causas mais comuns de perda gestacional tardia envolvem problemas na placenta – como a insuficiência placentária, que compromete a oxigenação e nutrição do bebê.

Outras causas incluem:

  • Trombofilias;
  • Pré-eclâmpsia grave;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Infecções;
  • Restrição de crescimento fetal (RCF/CIUR) não diagnosticada, ou complicações do cordão umbilical.
  • Em alguns casos, de acordo com a especialista, mesmo com investigação adequada, a causa pode não ser identificada.

Ela ressalta que alguns fatores de risco – como diabetes, tabagismo, idade materna avançada, obesidade, histórico de perda gestacional anterior, infecções mal tratadas, gestação gemelar (gêmeos) e restrição de crescimento fetal – podem aumentar os riscos.

É possível prevenir?

Julia aponta que o principal caminho para prevenção de perdas gestacionais é o acompanhamento pré-natal de qualidade. Isso inclui:

  • Exames de imagem que avaliem o crescimento fetal e o funcionamento da placenta;
  • Controle rigoroso de doenças maternas;
  • Rastreios específicos, como o Doppler das artérias uterinas e a avaliação do bem-estar fetal no terceiro trimestre.

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