“Um processo cercado de amor, coragem e profunda dor. Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados”, completou o comunicado.
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A gravidez de Tati transcorria normalmente até então. A nota também pediu privacidade para que a apresentadora, seu marido Bruno e a família possam viver o luto com respeito e acolhimento.
Segundo a ginecologista, obstetra e pós-graduada em Medicina Fetal, Júlia Alencar, a partir da 28ª semana de gestação, o bebê já está em um estágio avançado de desenvolvimento, com funções vitais mais bem estabelecidas e um ambiente intrauterino geralmente mais estável. Por isso, perdas gestacionais após essa fase são menos comuns, mas acontecem.
Segundo a especialista, as causas mais comuns de perda gestacional tardia envolvem problemas na placenta – como a insuficiência placentária, que compromete a oxigenação e nutrição do bebê.
Restrição de crescimento fetal (RCF/CIUR) não diagnosticada, ou complicações do cordão umbilical.
Em alguns casos, de acordo com a especialista, mesmo com investigação adequada, a causa pode não ser identificada.
Ela ressalta que alguns fatores de risco – como diabetes, tabagismo, idade materna avançada, obesidade, histórico de perda gestacional anterior, infecções mal tratadas, gestação gemelar (gêmeos) e restrição de crescimento fetal – podem aumentar os riscos.
É possível prevenir?
Julia aponta que o principal caminho para prevenção de perdas gestacionais é o acompanhamento pré-natal de qualidade. Isso inclui:
Exames de imagem que avaliem o crescimento fetal e o funcionamento da placenta;
Controle rigoroso de doenças maternas;
Rastreios específicos, como o Doppler das artérias uterinas e a avaliação do bem-estar fetal no terceiro trimestre.