Foto: Google / Reprodução
Com a chegada do fim de mais um ano, é comum ouvirmos frases como “Esse ano voou!” ou “Parece que ontem era janeiro!”. Essa sensação de que o tempo passou mais rápido não é apenas uma impressão pessoal, ela tem explicações científicas e está ligada à forma como nosso cérebro percebe o tempo.
Como nosso cérebro percebe o tempo
De acordo com especialistas, a percepção do tempo está diretamente ligada às nossas experiências e rotina. Quando somos mais jovens, tudo é novidade: novos aprendizados, primeiras vezes, descobertas constantes. Essas experiências únicas fazem o cérebro criar memórias detalhadas, dando a sensação de que o tempo está “mais cheio”.
Com o passar dos anos, muitos de nós caímos em rotinas repetitivas e previsíveis, com menos eventos marcantes. Como consequência, temos menos marcos temporais para ancorar nossas lembranças, fazendo com que os meses pareçam ter passado num piscar de olhos.
A rotina e o piloto automático do cérebro
Outro fator importante é a rotina. Quando estamos muito ocupados, seguindo horários fixos e realizando tarefas de forma quase automática, o cérebro tende a “compactar” essas memórias, criando a sensação de que o tempo passou mais rápido.
Além disso, o uso excessivo de tecnologia e redes sociais também pode contribuir. Passar horas rolando a tela do celular, consumindo conteúdos rápidos, faz com que o cérebro processe informações de forma menos profunda, reforçando essa sensação de tempo acelerado.
O estresse e a percepção do tempo
O estresse e a sobrecarga mental também têm impacto. Em períodos de muita pressão, nosso cérebro entra em modo de sobrevivência, priorizando tarefas essenciais e ignorando detalhes. Isso pode distorcer a percepção do tempo, fazendo parecer que ele está escapando por entre os dedos.
Isso é um problema?
Em geral, a sensação de que o tempo está passando rápido não é um problema de saúde. No entanto, pode ser um sinal de que precisamos desacelerar, prestar mais atenção ao presente e sair da rotina de vez em quando.
- Dicas para desacelerar a percepção do tempo:
- Experimente coisas novas regularmente.
- Faça pausas conscientes durante o dia.
- Pratique meditação ou mindfulness.
- Reduza o tempo nas redes sociais.
- Valorize momentos simples do cotidiano.
Ao final, o tempo é percebido de acordo com a forma como vivemos. Portanto, talvez o segredo não seja “fazer o tempo durar mais”, mas viver cada momento com mais presença e significado. Afinal, como diz o ditado: “O tempo não para, mas a forma como o aproveitamos faz toda a diferença.”